sexta-feira, 25 de maio de 2012

Novo amigo


A casa onde moramos tem um jardim, que é dividido com outros três apartamentos. Uma das vizinhas tem um coelho, que virou melhor amigo do Bernardo. No começo, ele tinha um pouco de medo. Digo, o Bernardo temia coelho. Nos primeiros dias, falei para o Bernardo que não precisava ter medo, que ele podia fazer um carinho no coelho. Aí, ele, meio que receoso, forçou a barra e o escutei falando "coelho, cadê o meu beijo". Dias depois, eis que ele tascou o beijo no coelho. Hoje, o vi fazendo uma brincadeira que ele faz com a Flora: aperta a bochecha dela e diz "cheek-ita". Isso porque quando ela era pequena, lá em Miami ele escutava as pessoas dizendo "mira, la chiquita". na cabeça dele, como bochecha significa cheek, logo, chiquita, é alghuma coisa com bochecha. Agora, acabo de vê-lo tentando apertar as bochechas do coelho. Isso porque há alguns instantes ele estava brincando de "minguinho, seu vizinho, maior de todos, fura-bolo, cata-piolho" com o pobre. Não preciso nem dizer que hoje, três semanas depois, o jogo virou. Se alguém teme alguém, esse primeiro não é mais o Bernardo.

Os encantos do transporte público



Nada como não depender de transporte público para achar isso o máximo. Bernardo está fascinado com nossos passeios de ônibus e de metrô. Ele adora ficar na janela esperando passar um ônibus em uma rua próxima (dúvido que se estivesse no frio esperando um para voltar pra casa acharia tão legal). O metrô, então, com seus trens super rápidos são fascinantes, aos seus olhos. O duro é as escadarias para chegar nas plataformas. Porque a maior parte das estações não tem elevadores e temos que descer as escadas, junto com todas as pessoas. Como o Bernardo é lento e para evitar riscos dele ser atropelado, acabo descendo, é subindo, que é a pior parte, com ele no colo.

Looks de inverno

O Bernardo, que passou seus primeiros anos em Miami, vivia com as pernas de fora. A Flora, que começou sua temporada londrina, não cansa de desfilar seus looks invernais.

Livre, leve e solto



















Uma das coisas que o Bernardo mais está aproveitando nessa nova fase é a possibilidade de andarmos bastante. Basta abrirmos a porta de casa, ele sai correndo na frente. Como a calçada é larga, dá menos medo dele escapar para a rua. E a estratégia para ele seguir a rota certa é estabelecer pequenas metas. A gente aposta corrida até a próxima árvore, o próximo portão, a próxima lixeira. E como na porta da nossa casa tem uma caixa do correio vermelha, é sempre esse o objetivo final. O café que fica em frente de casa, onde usamos a Internet, é um point para ele. Passa o dia pedindo para ir ao "café da frente". Quando não, pede para ir "comprar um sorvete" na lojinha de conveniência que tem aqui pertinho. Até ontem, só tínhamos ido lá uma vez, depois do jantar, mas para ele ganhou ares de aventura o passeio noturno.

Pescoço ao alto


Desde que a Flora era pequenininha, sempre manteve o pescocinho mais tombadinho para o lado direito. Nos primeiros meses, o médico me falou que era normal, já que era tudo meio molinho e todos os testes de devolvimento estavam ok. Ao completar cinco meses, o pescocinho insistia em tombar e começamos a ficar preocupados, pois a essa altura, já era para estar mais firminho. Fizemos uma série de exames e como estava normal, os médicos chegaram a conclusão de que ela apenas se acostumou ficar assim, desde o tempo que estava na minha barriga. O remédio? Só exercícios, para forçá-la virar para o lado oposto. Desde então, ela também tem ficado mais no chão para fazer alongamentos. O resultado é que depois de algumas semanas, olha ela aqui, toda empinadinha para o lado certo.

Dia das mães


Nosso dia das mães teve uma comemoração pequena, pois o Saulo tinha que estar no aeroporto ao meio dia, para uma viagem ao Paquistão. Além disso, estava todo mundo doente. Para não passar em branco, fomos os quatro tomar café em um restaurante aqui pertinho de casa. Depois, passamos a tarde brincando no parque, já que o sol deu as caras. Espero podermos celebrar com mais estilo, mas não posso me queixar. Depois de um período completamente consumido pelas mudanças, é muito bom sentir prazer em cuidar deles. Não que em algum momento os amei menos, deixei de sorrir com uma gracinha qualquer, mas conseguir me dar conta do privilégio que é vê-los brincando, correndo, se desenvolvendo um pouquinho a cada dia me traz uma felicidade enorme. Obrigada, meus filhos, por chegarem em minha vida e permitir-me ser a mãe de vocês.

Passeio no parque

 Esse é o parque maior, mais bonito e mais cheio. O Bernardo, em um surto de limpeza, quis levar um paninho para brincar
Esse é o parquinho menorzinho, onde também funciona como pátio da creche dele
Se tem uma coisa que o Bernardo não pode se queixar é da falta de parquinhos por perto. Temos um a algumas casas de distância, na mesma calçada, e outro a uma quadra de casa. O mais pertinho é pequenininho e atrás é onde fica a creche que ele tem ido. O segundo, tem um gramado enorme, onde sempre tem crianças correndo e promete ser nosso ponto no verão que se aproxima. O que mais gosto aqui é que os parques tem portão e podemos fechá-lo, nos deixando mais tranquilos que ninguém vai correr para a rua.

Padrinhos

 
Assim como fizemos com o Bernardo, em que reunimos duas pessoas importantes, mas não um casal, com a Flora seguimos a idéia. É um jeito de aumentar os padrinhos, estendendo para não apenas um, mas dois casais. Juntamos a Cris, mulher do Edu, com o Ricardo, marido da Raquel, e de uma maneira indireta, reunimos quatro dos nossos amigos mais queridos. Aqui, com algum atraso, as fotos do batizado.

Não gostamos de despedidas




Passamos cinco meses em São Paulo. Foram intensos e acumulamos atividades que poderiam ter rendido um ano: organização em uma nova cidade, reforma de apartamento, mudança, escola nova do Bernardo, viagem, batizado da Flora, preparação para nova mudança... ufa! Não conseguimos ver todo mundo que gostaríamos, não fomos aos lugares que planejávamos, mas nem por isso foi menos prazeroso. Aproveitamos esse tempo para curtir colo de pai e mãe, hoje muito mais interessados no papel de avós, que tão bem desempenham. Sentiremos saudades, mas espero, em breve ter nossa Internet de volta, para as ligações. Será uma espécie de visita diária, para um café (ou chá, já que estamos em Londres).

Novo meio de transporte

Agora andamos em dupla.

O começo de tudo


Chegamos de viagem em uma sexta-feira a tarde e fomos recepcionados por uma chuvinha típica de um dia invernal. Normal, se já não estivéssemos prontos para a primavera. Crianças fizeram uma boa viagem e para a gente, não precisa mais que isso para termos uma boa viagem também. Dormir? Ninguém pensou que daria, mas desde que eles durmam, está tudo bem. Viemos direto para casa onde vamos morar e tudo estava tão arrumadinho, com a casa limpinha, os móveis alugados, muitos armários e gavetas vazias prontinhos para desfazer nossas malas, que tive vontade chorar de emoção. Nada a nada, era nossa mudança em menos de seis meses e só quem passou por isso sabe o que significa encontrar camas cuidadosamente arrumadas e até uma hortinha na janela da cozinha. Não poderíamos começar melhor.

Estamos de volta

Esse blog hibernou durante os últimos meses. Fomos tomados por uma avalanche de acontecimentos e não passamos incólume. Toda energia estava dedicada em nos organizarmos em uma nova vida, em uma nova cidade, com uma nova rotina. Ainda não estamos completamente montados, mas chegamos lá. E com duas criancinhas em casa, não poderia deixar de compartilhar tantos momentos fofos que testemunhamos diariamente com nossos amigos, familiares e pessoas queridas.