As amigas do Bernardo

É impressionante como criança é voluvel. Até meados de julho, a Emma era a dona absoluta do coração do Bernardo. É uma filha de franceses muito bonitinha, cheia de cachinhos. Foi ela quem sentou ao lado para jantar parabéns no dia do seu aniversário. Mas aí, a Emma foi para a França ficar dois meses e junto com ela, se foi seu reinado. Há umas duas semanas, a Antonia, uma italianinha de olhos bem azuis, é a nova rainha do pedaço. Ele dorme e acorda pedindo para brincar com a Antonia. Hoje, ela faltou ao parque e na volta para casa, encontramos a Mila, uma amiguinha que ía com ele n creche e agora, está na mesma classe da escola. Xiii, Antonia, já era...

Diretamente de Miami

Nesses férias, passaram por aqui a Luiza e o Lucas, amigos de Miami, filhos da Renata e do Jonathan, dos tempos em que eles eram menores. Foi muito gostoso revê-los e nos darmos conta de que nessa história, a geografia é só um mero detalhe.

Faça chuva ou faça sol

 

Tem dois parquinhos aqui perto de casa, como já falei em posts anteriores. E todos os fins de tarde, entre cinco e meia e seis horas, saímos para um deles. Ou para os dois. Nesse aqui, é certo que sempre vamos, pois virou uma espécie de ponto de encontro das crianças. O Bernardo já tem os amiguinhos e ele espera encontrá-los. É o tempo da cartada final, correr, queimar energia, antes da trilogia banho-jantar-cama. E agora, a Flora já nos acompanha.

E nos dias de chuva...

 

 

Nos dias de chuva, vamos com os dois ao National Army Museum, onde tem um parquinho indoor que eles adoram. Parênteses: é louvável uma cidade onde os museus, além de serem gratuitos, terem áreas para crianças. Nesse, um museu de armas, tem esse parquinho com tema de soldados. A cozinha, onde há uma explicação sobre as comidas que os soldados comem nas batalhas, as roupas, livros, desenho e pinturas sobre o tema. Nunca imaginei uma criança do alto de seus recém completos três anos dormir e acordar pedindo para ir ao museu do soldado. E o Bernardo gosta tanto, mas tanto, que as vezes agente vai mesmo em dias de sol. Aí, a vantagem é que o parquinho é inteiro para nós, o contrário dos dias de chuva, onde temos que reservar com uns dois dias antes.

Parque, parte 2

Se o dia está bonito, outra alternativa é o Holland Park, onde em um playground dentro de um tanque de areia. A gente pega um ônibus aqui na rua de casa e desce lá pertinho. Tem umas mesas sob as árvores, onde muitas vezes almoçamos alguma coisa que eu compro no supermercado em frente ao parque. É sucesso na certa. O duro é só conseguir levar o Bernardo embora. Ah, também não é fácil manter a areia longe dos olhos da Flora. Tem dias em que ela sai de lá com areia até nos cílios.

Pelos parques da cidade

Foi-se o tempo em que o Bernardo ia para o parque e a Flora ficava em casa dormindo. Agora, ela bate os bracinhos, contente, quando nos direcionamos para a porta de casa, adora brincar na areia e gargalha quando a colocamos no escorregador. Com isso, passamos a pensar em programas para a dupla. Nos dias de sol, costumamos ir ao Battersea, parque bonito as margens do rio, onde já postamos outras fotos. Lá, tem três parquinhos, um de zero a três anos, onde costumamos brincar, um de quatro a sete e um terceiro, para crianças maiores. Nesse parquinho pequenininho, a Flora adora ficar na balança. E eu adoro sentar cada um em uma e balançar os dois aos mesmo tempo. Queria tirar uma foto para eternizar esse momento, mas com as duas mãos ocupadas, a foto é inviável. Melhor guardar as doces memórias. E além dos três, teve uma semana que estava lá um desses parques itinerante, com carrinhos de bater, tobogã, carrossel. Nem preciso dizer que batemos ponto lá por esses dias.

Boneca

A Flora está fofinha demais. Bate palmas, manda beijos e gira o dedidnho fazendo o sinal de "não" e aponta tudo o que ela quer comer. Na verdade, tudo que ela vê, já que ela quer comer tudo o que vê. É como se desde bebezinho fôssemos capazes de entender o que o filho está pedindo, mas quando eles começam a se expressarem de verdade, a vida fica bem mais fácil.

Senhor sabe tudo

O Bernardo tem uma mania engraçada, que é repetir pra gente as mesmas coisas que a gente fala para ele. E fala em um tom como se a gente fosse tonto e ele que soubesse o que é certo e o que é errado. Repete a torto e a direito: "não bate na Flora, ela e pequenininha". Hoje, para fazer uma foto dos dois na calçada, ele me falou: "mae, presta atenao, cuidado com o carro". No sábado, o Saulo escorregou na escada aqui de casa. Não foi nada sério, ele não se machucou, mas tomou um susto, porque estava com a Flora n colo. Aí, domingo, teve que escutar do Bernardo: "pai, cuidado na hora de descer as escadas. Voce vai se machucar. De novo. E vai fazer um dodoi no bumbum". Ontem, ele deve ter comido alguma coisa que desandou a bariga, entao passamos a tarde levando ele o banheiro. Enquanto eu o limpava (coisas que só mãe faz), escutei: "mae, presta atencao, não vai comer cocô, hein". Não, isso ninguém falou pra ele. Foi uma ordem de autoria própria.

Balança

O tempo está passando e a Flora não quer mais saber de ficar em casa, quando levamo o Bernardo ao parque. Agora ela também quer passear. E quando está na balança então, pensa que é gente.

 

As margens do rio Tamisa

Por algumas semanas, cada vez que eu falava daquele parque lindo, onde a gente via o rio, o Bernardo logo lembrava "lá onde o Bernardo caiu e machucou o joelho". Agora, o aposto mudou: virou o parque do escorreagor gigante. Fomos lá na semana passada e, por sorte, encontramos um parque itinerante que está baseado lá. Aí, todos aqueles brinquedos tradicionais de parque do interior (carrinho de bater, carrossel, xicara) estao lá, além da barraca de pipoca, sorvete e mais algumas guloseimas britanicamente modificadas. Enquanto eu pagava a pipoca, o Bernardo saiu correndo e entrou no maior escorregador que tinha. Temerosa, fui tranquilizada pelo vendedor (bem isento, eu sei) de que mesmo criancas menores que ele se aventuravam. Fiz o rapaz acompanha-lo, mas a verdade é que a ajuda era dispensável. Ele desceu sozinho e repetiu a brincadeira mais uma vez. Voltou lá nos dois dias que se seguiram. E segue pedindo diariamente para voltar.

WP 20120812 163041Z from julianan on Vimeo.

Dupla de dois

Cada dia que passa os dois brincam mais juntos. Claro, também brigam e o filme é sempre o mesmo: Bernardo não quer emprestar os brinquedos dele, porque diz que a Flora baba em tudo. Aí, sempre tira o que estiver com ela e põe na mão dela um dos brinquedos velhos, que um dia foram dele e a gente tenta fazer ela gostar. Mas quando a paz reina entre os dois, meu coração se derrete.

Os armarios

 Antes, toda cheia de si, crente que estava abafando

Depois. Quem manda mexer onde nao deve?

Picasso nao faria melhor

O Bernardo desenha o dia inteiro. Ele adora fazer olhos. As duas bolinhas estao por toda parte aqui em casa. Ja sabe desenhar a boca feliz e a boca triste. A nossa, ao ver tamanho talento, fica sempre feliz. So fica um pouco triste quando os desenhos aparecem no sofa, nas paredes ou nos moveis.

Ela vai pular!

Fofurices

Sei, nao e legal postar fotos de bebe com cara de choro, mas como eu poderia resistir?

Entre os primordios

Quando fomos para Nova York, antes do Bernardo completar dois anos, ele ja ficou enlouquecido com os dinossauros do Museu de Historia Natural. Dessa vez, nao foi diferente. Foi a segunda vez que estivemos la, mas cada vez nos concentramos em uma parte diferente. Primeiro os aquaticos, depois os mamiferos e dessa vez, finalmente os dinossauros. Nao fizemos fotos, pois nessa hora eu estava muito ocupada, segurando sua maozinha, temerosa diante de alguns que chegavam a balancar a cabeca.

Plateia

Enquanto nao baixamos a base do berco dela, o jeito para evitar quedas e deixa-la assim, sentadinha, segurando nas grades enquanto nos vestimos no quarto.

Mais uma comedora de uva passas

Assim como o Bernardo era quando bebe, a Flora adora uma uva passa. Se a gente quer entrete-la, basta dar uma caixinha vermelha, que ela vai comendo, uma por uma. Virou nosso truque diario, ja que ela janta mais cedo e na hora do nosso jantar, esta livre, leve e solta, louca por um colo. Sentamos ela no cadeirao e espalhamos umas uvinhas. Ao contrario das outras frutas, que ela faz uma sujeira danada, as uvinhas secas nao comprometem em nada o look pijamas. Sucesso garantido!

Ja que nao temos praia

Os joelhos ralados

Em suas palavras, "tocando um piano"

O principal sinal de que o Bernardo ja esta inserido na cultura local foi que ele me disse que faria um castelo de areia, para a Mrs. Queen morar



Descoberta da cidade

 Em algum lugar do passado

Eu preciso dizer que te amo?


 Enquantos os carros passavam atras da gente, os barcos passavam a frente

 Surfando no asfalto, pouco antes de um tom bo, que fez ele voltar para casa com os joelhos ralados

 Ate que enfim abriu o sol, para ele descobrir sua sombra!

E quem aguenta esses pezinhos?
Uma das coisas que o Bernardo mais esta gostando nessa nova etapa da vida da gente e a possibilidade de andar pela cidade afora, ver os onibus, os caminhoes e ontem, ele descobriu os barcos. Ficamos um tempao sentados na margem do Thames olhando passar os barcos, onde fizemos essas fotos. Para a sorte dele, passou um barco da policia, que juntava o barco em si com sirenes. Depois, fomos passear no Battersea Park, um parque lindo que tem perto de casa, do outro lado do rio. Fomos e voltamos caminhando, com seu patinete.